terça-feira, 5 de junho de 2012

Novidades

Espero que tenhamos muitas novidades durante esse Feriado.
Vou aproveitar o tempo e ler os textos, pois estou em débito.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

TEMA 02


Tema 2Política curricular catarinense - interfaces com outros contextos e com a Educação Integral.
Questão sugerida:  O lugar dos agentes curriculares (Estado, escolas, educadores e estudantes)  - implicações para uma educação integral. Quais limitações e possibilidades?   



     A Proposta Curricular de Santa Catarina, em vigência desde 1998, opta claramente pelo materialismo histórico-dialético como concepção de homem e pela  abordagem histórico-cultural como a concepção de aprendizagem, instituindo-os como seus eixos norteadores. Estas duas perspectivas teóricas, a partir de então, direcionam teórica, filosófica e metodologicamente o currículo e o ensino no Estado.
     Para realizar uma aproximação ao conceito de educação integral baseada na Proposta Curricular de Santa Catarina, faz-se necessário estudá-lo naquelas correntes teóricas que a fundamentam. Visto que a  opção da Proposta é pelo materialismo histórico-dialético vou buscar nos estudos  e proposições desta teoria os fundamentos para esta aproximação.
     Nesta concepção proposta, Gramsci enfatiza o  desenvolvimento global e integral da personalidade que se dá pelas múltiplas experiências que o ser humano vivencia. Assim ao meu ver, e apoiada nas proposições de Gramsci, as características que formam a concepção de educação integral na perspectiva teórica materialista histórico-dialética  e, portanto, que emanam da Proposta Curricular de Santa Catarina, são: o desenvolvimento global e harmonioso de todas as faculdades; a recusa pelo espontaneísmo dos métodos ativos; a ênfase à necessidade de um ensino elementar dogmático; a proposta de uma escola única de cultura geral, humanística, que equilibre a formação intelectual e profissional ou tecnológica inerente à formação do novo homem. 
(Aurélia Lopes Gomes - UFFS Universidade Federal da Fronteira Sul, 2011)

     Nesse cenário Estado, Escolas, Educadores e Estudantes tem seus papeis e ações definidos para um processo ensino-aprendizagem voltado ao atendimento integral, com limitações e possibilidades visíveis. A oferta crescente de oportunidade e atendimento em Educação Integral é um ponto positivo, uma possibilidade rica e abrangente; em contrapartida, as inúmeras limitações dela advinda, a falta de espaço físico adequado, o despreparo da escola e dos docentes para essa nova proposta educativa, a inexistência de um currículo construído a partir da realidade em que se aplica. Entre outras limitações.
     Para vivermos um currículo inclusivo, democrático e participativo, falta-nos muita vivência social, pois tudo ou quase tudo que trabalhamos na escola é conteúdo, é tema, que já vem definido, pronto e a escola se torna, dessa forma uma simples representatividade do currículo vigente.
     Numa proposta curricular em que o ser é visto como uma totalidade histórico-dialética e que deve considerar sua formação com sua vida e sua perspectiva, muitas falhas ainda precisam ser revisitadas para que o programa se revista de possibilidades e de formação de sujeitos críticos e atuantes no meio em que vivem e atuam.








CURIOSIDADES E INFORMAÇÕES






CURRÍCULO ESCOLAR


Autor: Michelle Pereira Kaiser

O Currículo Escolar é um elemento importante para o planejamento do professor, pois pode organizar os conteúdos e as atividades, contudo ele é um recurso para o educador e não uma lei rígida ou um mandamento a ser seguido metodologicamente, ele pode ser usado como um norte para a práxis pedagógica, com flexibilidade de ajustes para melhor atender as necessidades dos educandos. 

Sendo que, cada instituição pode construir o seu currículo, ou este fazer parte da rede escolar, podendo usar os livros didáticos no auxilio desta construção.

A origem da palavra currículo – currere (do latim) – significa carreira, por isso ele é uma caminhada dentro do processo ensino e aprendizagem,  que vai ajustando os conteúdos a realidade dos educandos. Ele não é único no nosso país, mas os Parâmetros Curriculares Nacionais oferecem uma sugestão, uma forma de definição das disciplinas e distribuição dos conteúdos entre os componentes curriculares propostos. Devido à dimensão territorial e à diversidade cultural, política e social do país, nem sempre os Parâmetros Curriculares chegam às salas de aula.
Não se separa conteúdos de  processo de instrução, ou seja, ação em desenvolvê-lo em consonância com atividades práticas.

Segundo Sacristàn (1998, p. 120):

Sem conteúdo não há ensino qualquer projeto educativo acaba se concretizando na aspiração de conseguir alguns efeitos nos sujeitos que se educam (...)quando há ensino é porque se ensinam algo ou se ordena o ambiente para que alguém aprenda algo (...) a técnica de ensinar não pode preencher todo o discurso didático evitando problemas para o conteúdo colocado.

Retirado de "http://wiki.educartis.com/wiki/index.php?title=Curr%C3%ADculo_escolar"

Assim, a educação pode ser compreendida como sendo uma atividade expressa de formas distintas onde tanto o conteúdo programático e a didática usada possam transformar o currículo em uma ação que produza a aprendizagem.

Defini-lo não é uma tarefa muito fácil, mas é importante na produção de novas subjetividades no mundo contemporâneo. Daí o entendimento do currículo escolar como um caminho, um curso ou uma listagem de conteúdos que devem ser seguidos (GOODSON, 2005). Nessa perspectiva, o termo está intimamente vinculado à idéia de seqüencialidade e de prescrição.

Em relação à ideia de transitoriedade Silva (2005) na apresentação do livro de Goodson diz que:

Uma história do currículo tem que ser uma história social do currículo, centrada numa epistemologia social do conhecimento escolar, preocupada com os determinantes sociais e políticos do conhecimento educacionalmente organizado. Enfim, tem que descobrir quais conhecimentos, valores e habilidades eram considerados verdadeiros e legítimos numa determinada época, assim como  determinar de que forma essa validade e legitimidade foram estabelecidas. (SILVA 2005, p.10-11)

Em Silva (2005) encontra-se a ideia de vários currículos constroem sujeitos também diferentes sendo diferenças sociais:

Diferentes currículos produzem diferentes pessoas, mas naturalmente essas diferenças não são meras diferenças individuais, mas diferenças sociais, ligadas à classe, à raça, ao gênero. Dessa forma, uma história do currículo não deve ser focalizada apenas no currículo em si, mas também no currículo como fator de produção de sujeitos dotados de classe, raça, gênero. Nessa perspectiva, o currículo deve ser visto não apenas como a expressão ou a representação ou o reflexo de interesses sociais determinados, mas também como produzindo identidades e subjetividades sociais determinadas. O currículo não apenas representa, ele faz. É preciso reconhecer que a inclusão ou a exclusão no currículo tem conexões com a inclusão ou exclusão na sociedade. (SILVA, 2005, p.10)

TEMA 01 - CURRÍCULO EM SC


“Os homens fazem a sua própria história, mas não o
fazem como querem... a tradição de todas as
gerações mortas oprime como um pesadelo o
cérebro dos vivos”.
“A teoria também se converte em graça material
uma vez que se apossa dos homens”.

Karl Marx

          Para nos posicionarmos diante da Política Curricular em vigor para a Educação Básica de Santa Catarina, torna-se necessário conhecermos os 
pressupostos teórico-metodológicos que  norteiam a nossa educação, especialmente a Proposta Curricular, pois não basta termos o 
conhecimento específico de cada área, e sim a compreensão da totalidade do processo 
educacional. Investigar e indagar sobre as angústias e contradições trazidas do 
cotidiano escolar, assim como as questões comuns ao processo educacional inseridas na 
realidade social, é mais do que legítimo; trata-se, antes de tudo, de um compromisso 
assumido no trabalho educativo.

       Entendemos que a educação é profundamente determinada por condicionantes de 
escola, ensino, aprendizagem, conhecimento, produção, apropriação, transmissão, cultura e 
sociedade. Sob esses e outros condicionantes, o aprofundamento na compreensão de educação, tanto 
nos aspectos filosóficos e históricos, quanto nos conhecimentos específicos de cada área, 
torna-se uma exigência para fazer educação no nosso tempo. 


      Um profissional comprometido
 a educação e que se dá conta das deficiências de sua formação instiga-se a buscar 
constantemente seu aperfeiçoamento, busca cada vez mais estar em contato com o mundo e com o seu processo, um pouco do que buscamos para estar em constante atualização e parte integrante das transformações vigentes.


          Neste Curso buscamos mais e melhores subsídios para entender e melhorar o processo ensino-aprendizagem e a compreensão do currículo escolar e da proposta que nele se insere, para a formação de sujeitos da e para a História da sociedade e do mundo.





EDUCAÇÃO INTEGRAL

Nossas Ideias...

Este Blog, tem como objetivo ressignificar os conteúdos trabalhados no Curso de Especialização em Educação Integral da UFSC, 2012.

Juntos formaremos uma rede de saberes e de fazeres em prol de uma Educação Pública de Qualidade!